Pensando sobre a vida, vejo como tudo aconteceu.
Lembro-me que eu era verdadeiro, mas algo fez com que eu pensasse que eu nao podia ser o que eu era, aí comecei a fingir ser outra pessoa, comecei a fingir sentimentos e fingi acreditar em coisas que nao acreditava, para ser aceito pela sociedade.
Aí eu me tornei dois, um era o eu verdadeiro, e o outro era o eu que eu mostrava pra sociedade para ser aceito.
Confesso que viver assim só me trouxe sofrimento, eu estava o tempo todo me sentindo incomodado, triste, e eu não sabia o por que. Hoje sei. Não seguir o verdadeiro eu foi meu maior erro.
Eu era reprimido, eu não manifestava meu verdadeiro modo de ser. E foi assim até pouco tempo atrás.
Pra mim, parece que a vida tem um grande desafio a ser superado. Esse desafio é se você vai viver de aparências ou se você vai ser o que você é independente das circunstâncias.
Tem sido tão bom ser eu mesmo, de uns tempos pra cá decidi que não ia mais viver sendo o que a sociedade espera de mim, decidi ser totalmente autêntico o tempo todo.
Não nego nem reprimo o que sinto, nem mudo o que sou por nada. É bom perceber que aquele que eu era está renascendo, sinto um preenchimento, as vezes até felicidade, pelo simples fato de ser o que sou.
Não tenho mais aqueles sonhos de ser rico, nem fico esperando por algo. Eu percebo claramente que as coisas que eu queria, eu queria por que pensava que quando essas coisas acontecessem eu seria feliz. Mas hoje vejo que isso era uma tentativa de se sentir completo, algo faltava e eu não sabia o que era.
A única coisa que pode me libertar de fato e me fazer feliz é ser totalmente eu o tempo todo, isso é ser pleno, isso é se encontrar, isso é viver, isso é o que eu nasci pra fazer.
